A convenção nacional do Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB) aprovou nesta quinta-feira, 5, a união da sigla com o Podemos.
Os dirigentes das duas siglas devem se reunir na próxima semana para alinhar os próximos os da incorporação.
A decisão foi tomada em convenção partidária, realizada em Brasília, com dirigentes e parlamentares tucanos de todos os níveis, que deram aval, por 201 votos a 2, para a união dos dois partidos.
O órgão máximo do PSDB decidiu dar poderes à direção nacional da sigla para concluir as negociações junto a dirigentes do Podemos.
Dirigentes do PSDB tratam a união como um marco para um processo de renovação e reavivamento do partido. A tradicional sigla, que existe desde 1988, quer restaurar suas bases históricas, se “radicalizar” no centro e atrair o apoio de eleitores que não se identificam nem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com o aval do PSDB, o Podemos agora precisa realizar sua própria convenção partidária para aprovar oficialmente a união.
Depois, o processo será encaminhado ao TSE, que precisa dar a palavra final sobre a legalidade da união.
Pendências
Alguns detalhes do formato da união ainda não estão completamente fechados, segundo dirigentes. Há divergências, por exemplo, em relação à governança e ao número de urna (45 do PSDB ou 20 do Podemos).
Também é preciso definir um eventual novo nome para a legenda.
Caso a união seja concluída e todos os parlamentares permaneçam, a nova legenda resultante da união entre PSDB e Podemos contará com uma bancada de sete senadores e 28 deputados federais.
Atualmente, o PSDB tem 3 senadores e 13 deputados federais, enquanto o Podemos conta com 4 senadores e 15 deputados federais.